BENDITO SEJAIS, SENHOR, DEUS DO UNIVERSO….
O OFERTÓRIO

 

Isidório de Sevilha († 636), até onde se sabe, foi o primeiro, ou um dos primeiros a definir tecnicamente “ofertório” o complexo ritual que que circunda o gesto litúrgico da apresentação dos dons por parte dos fiéis durante a celebração eucarística[1]. No mesmo século o Sacramentário Gregoriano, na parte introduzida pelo papa Leão II (682-683), descreve dessa forma o Ordo Missae, com a distinção entre offertorium (o ato) e oblationem (o que é oferto)[2]:

Qualiter missa romana celebratur
Hoc est inprimis introitum qualis fuerit statutis temporibus siue diebus festis seu cottidianis, deinde kyriae eleison.
Item dicitur Gloria in excelsis deo, si episcopus fuerit, tantummodo in dominico, sive diebus festis; a presbyteris autem minime dicitur nisi solo in pascha. Quando vero laetania agitur neque gloria in excelsis deo ncque alleluia canitur, post modum dicitur oratio, deinde sequitur apostolum. Item gradalem seu alleluia. Postmodum legitur euangelium, deinde offerturium et oblationem super oblatam (Gre 2).

Esse ato litúrgico é testemunhado por S. Justino († 165), na sua I Apologia († 165)[3].

No dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que habitam nas cidades e nos campos. Nela se leem, à medida que o tempo o permita, as Memórias dos Apóstolos ou os escritos dos Profetas. Em seguida, quando o leitor termina, o presidente, em suas próprias palavras, faz uma exortação e um convite para que imitemos esses belos exemplos. Levantamo-nos seguidamente todos de uma vez e elevamos nossas preces; quando terminam, com já dissemos, oferecem-se pão, vinho e água e o presidente, segundo suas forças, também eleva a Deus suas preces e eucaristias e todo o povo aclama, dizendo: “Amém”.

Enquanto S. Justino não faz nenhuma referência a quem “oferece”. Mais ou menos 50 anos depois, a Traditio Apostolica fala do diácono que leva ao altar os dons: Illi (bispo) vero offerant diaconi oblationem[4]. O Sacramentário Gelasiano Antigo (GeV), em um formulário de missa intitulado Orationes post reconciliationem vel posteaquam communicaverit, faz referência ao povo como aquele que apresenta as ofertas. Antes da oração chamada secreta, apresenta a seguinte rubrica: Post haec offert plebs, et confitiuntur sacramenta (Gev 368).

Deste ato dão testemunho na África Tertuliano († 240)[5], Cipriano († 258)[6], Agostinho († 430)[7]  e Vitor de Vita († antes de 484)[8]; na área franco-galicana Remigio de Reims († 533)[9], Cesário de Arles († 542)[10], Gregório de Tours († 594)[11] e Amalário († 580⁄583)[12],   também Inocêncio I († 416) e São Jerônimo († 420). Muito cedo essa procissão começou a ser acompanhada com um canto, conforme atesta Santo Agostinho[13] e o Ordo Romanus I, do VIII século, que o denomina offertorium[14]. Em tal Ordo, depois que o papa diz o Dominus vobiscum e o Oremus (60. 69), passa a coletar entre os fiéis presentes, ajudado por vários ministros, os dons, depois disso lava as mãos, enquanto a Schola canta o offertorium. Depois, o arquidiácono coloca sobre o altar os pães e o vinho sem nenhuma espécie de elevação ou fórmula. Da mesma forma faz o papa. Ninguém era excluído desse rito, nem mesmo o papa, os bispos e o clero. A água no cálice era colocada antes, fora do altar.

A partir do VIII⁄IX século uma série de gestos e orações são criados no ambiente franco-germânico, e tais gestos, do século X em diante, entram na liturgia de Roma. O Ordo lateranense, com data de 1145, aproximadamente, adota, para depois da apresentação dos dons feita pelos fiéis, dois sinais de cruz com relação ao cálice, o convite Orate fratres… (Orai irmãos…) antes da oração, incensação das oferendas, do altar e das pessoas.

 

No Ordo de Honório III († 1227) aparecem as fórmulas para a apresentação do pão, para a bênção da água para misturar com o vinho, para a apresentação do cálice, juntamente com outros textos (De coração contrito…; Vinde, santificador…; Recebei, Santíssima Trindade…; Orai irmãos) e as bênçãos relativas ao incenso. Porque a celebração eucarística era pensada para a capela privada do papa desaparece a apresentação das oferendas por parte dos fiéis e consequentemente a execução de um canto para acompanhá-la[15].

Fator determinante para o desaparecimento de um verdadeiro ofertório na missa, além do fenômeno das missas privadas, foi a mudança estética do pão eucarístico.

Do testemunho histórico que temos de S. Justino até o final do X século, se entende que o pão para comer e vinho para beber na celebração eucarística eram trazidos de casa por cada um dos participantes. Dado lentamente ritualizado[16]. Impossível estabelecer o tamanho e a forma do pão eucarístico neste período.

A partir dos dados oferecidos pela história, podemos deduzir que os pães deveriam ser de tamanho bastante reduzido ou cortados em pequenos pedaços. Um pouco mais tarde, depois do século XI, o pão eucarístico passou a ter o tamanho e a forma de moeda, sendo a do presidente da celebração de maior dimensão[17]. A mesma história, mutatis mutandis, equivale para a quantidade do vinho[18].

A mudança estética ou a deformação do pão eucarístico, ou seja, a crescente redução da sua medida e a exigência do uso do pão ázimo[19], foi, seguramente, causa da perda da compreensão da eucaristia como pão do qual alimentar-se. Mas não é tudo. O rigoroso sistema da praxis penitencial[20], a sacerdotalização da liturgia e, mais especificamente, a mudança na compreensão teológica da eucaristia, foram os fatores decisivos para o desaparecimento da participação ativa do povo no ato de ofertar.

O complexo ritual da missa privada medieval, todo concentrado sobre a figura do único celebrante, o sacerdote, tornou-se o modelo assumido pelo Missal da reforma tridentina de 1570, que não previa nenhuma espécie de procissão ou apresentação das ofertas por parte dos fiéis. A missa já estava “preparada” sobre o altar, e a antífona, mesmo se cantada nas missas solenes pelo coro, deveria ser recitada pelo sacerdote[21]. É justo, todavia, observar que os estudiosos da história do ofertório afirmam com segurança que a procissão ofertorial para Roma não tem uma tradição histórica[22], embora muitos outros, como vimos, sustentem a sua existência[23].

 

A “reforma do ofertório”

O Concílio pediu expressamente que se fizesse uma revisão do Ordo Missae (SC 50):

O Ordinário da missa deve ser revisto (Ordo Missae ita recognoscatur), de modo que se manifeste mais claramente a estrutura de cada uma das suas partes bem como a sua mútua conexão, para facilitar uma participação piedosa e ativa dos fiéis. Que os ritos se simplifiquem, bem respeitados na sua estrutura essencial; sejam omitidos todos os que, com o andar do tempo, se duplicaram ou menos utilmente se acrescentaram; restaurem-se, porém, se parecer oportuno ou necessário e segundo a antiga tradição dos Santos Padres, (ea omittantur quae temporum decursu duplicata fuerunt vel minus utiliter addita; restituantur vero ad pristinam sanctorum Patrum normam nonnulla quae temporum iniuria deciderunt) alguns que desapareceram com o tempo.

Essa foi a parte mais delicada da reforma⁄restauração litúrgica. Tratava-se de observar o que ordenaram os Padres conciliares: esclarecer, simplificar, omitir e restaurar. Antes de tudo, o título “ofertório” foi substituído por  “Apresentação das oferendas”, para deixar transparecer que os dons são apresentados e depois de santificados (consagrados) são oferecidos, segundo o quando diz a Oração Eucarística imediatamente depois da narrativa da Ceia:

Celebrando, pois, a memória da paixão do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos, e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício perfeito e santo, pão da vida eterna e cálice da salvação.

A Instrução Geral do Missal Romano (IGRM) prevê duas partes, a saber, a preparação dos dons e a oração sobre as oferendas:

 

Preparação dos dons

73. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo.

Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência.

A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual.

Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.

74. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada. O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons.

75. O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas; o sacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar, para simbolizar que a oferta da Igreja e sua oração sobem, qual incenso, à presença de Deus. Em seguida, também o sacerdote, por causa do ministério sagrado, e o povo, em razão da dignidade batismal, podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro.

76. Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.

Oração sobre as oferendas

77. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração Eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e com a oração sobre as oferendas.

Na Missa se diz uma só oração sobre as oferendas, que termina com a conclusão mais breve, isto é: Por Cristo, nosso Senhor; se, no fim, se fizer menção do Filho, a conclusão será: Que vive e reina para sempre.

O povo, unindo-se à oração, a faz sua pela aclamação Amém.

É também verdade que, embora tenha-se mudado o nome, o ofertório foi, na verdade, recuperado. Os fiéis levam os dons (recuperando assim a procissão ofertorial) que o sacerdote recebe, apresenta a Deus, e coloca sobre o corporal. É verdade que os espertos pediam que tal apresentação acontecesse somente com o gesto, em silêncio, dado que a “palavra” que lhe dá sentido é a sucessiva Oratio super oblata. Porém, a atual fórmula de apresentação formula e dá sentido ao gesto:

Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão para a vida.

Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora vos apresentamos e para nós se vai ornar vinho da salvação.

E todo o povo responde:

Bendito seja Deus para sempre.

O missal e a IGMR falam de um canto para acompanhar o rito, mas não apresentam mais a antífona, que se encontra, porém, no Gradual Romano.

74. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada. O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons (IGMR).

O número 74 da IGMR, no que diz respeito à execução do canto do ofertório, remete ao número 48 que trata do Canto de entrada, identificando atores (pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ou só pelo grupo de cantores), texto (pode-se usar a antífona com seu salmo), fonte (do Gradual romano ou do Gradual simples) e possibilidades:

48. O canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ou só pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples, ou então outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado pela Conferência dos Bispos.

Foram retiradas as orações que falavam de immaculatam hostiam e de calicem salutaris, dado que ainda se tratam de pão e de vinho, e não da vítima sacrifical.

Maiestati tuae, Domine, Agnum immaculatum offerentes, quaesumus: ut corda nostra ignis ille divinus accendat, qui Cor beatae Mariae Viriginis ineffabiliter inflammavit. [Die 22 Augusti. Purissimi Cordis B. Mariae Virginis]

Sanctificet nos, quaesumus, Domine, hoc sanctum et immaculatum sacrificium vespertinum: quod unigenitus Filius tuus in cruce obtulit pro salute mundi. [Missae pro aliquibus locis. Feria VI post Dominicam I Quadragesimae. Sacrorum Lanceae et Clavorum Domini nostri Iesu Christi]

Salutarem hostiam, quam in solemnitate immaculatae Conceptionis beatae Virginis Mariae tibi, Domine, offerimus, suscipe et praesta: ut, sicut illam tua gratia praeveniente ab omni labe immunem profitemur; ita eius intercessione a culpis omnibus liberemur. [Die 8 Decembris. In Conceptione Immaculata B. Mariae Virginis]

As orações sobre as oferendas (se observe o termo!) exprimem o sentido de tal oferta, e muitas vezes são já uma antecipação da oferta do sacrifício.

Suscipe, quaesumus, Domine, munera quae de tuis offerimus collata beneficiis, et, quod nostrae devotioni concedis effici temporali, tuae nobis fiat praemium redemptionis aeternae. [TEMPUS ADVENTUS DOMINICA I]

Hostias, Domine, quas tibi offerimus, propitius intuere, et, per haec sancta commercia, vincula peccatorum nostrorum absolve. [HEBD II QUADRAGESIMAE FERIA QUARTA]

Perfice, Domine, benignus in nobis paschalium munerum votiva commercia, ut a terrenis affectibus ad caeleste desiderium transferamur. [FERIA VI INFRA OCTAVAM PASCHAE]

Expressa-se melhor o sentido do ofício da caridade, que tem essa parte: “aquilo que cada um oferece para a tua glória, sirva como benefício para todos”. Tal sentido está bem expresso no hino Ubi caritas, típico do ofertório[24]. Em particular, em respeito a esse último, no dia 22 de janeiro de 1968, o papa Paulo VI entregava por escrito a P. Bugnini, algumas observações sobre o Ordo Missae, entre as quais:

Parece faltosa a parte que diz respeito ao ofertório: seja porque os fiéis não têm nenhuma participação, enquanto deveria ser a parte da S. Missa na qual a sua participação é mais direta e evidente; e seja porque as fórmulas do ofertório são reservadas somente ao celebrante, em silêncio e em latim. O ofertório merece um ressalto particular onde os fiéis (ou seu representante) exerçam a sua função específica de ofertante[25].

Estas observações do Papa abriram uma longa discussão no Consilium e várias propostas. No fim Paulo VI aprovou as fórmulas que temos hoje, que, em forma de berakah, exprimem o sentido da oferenda de todo o trabalho humano.

Tem ainda de se observar que todo o texto do Ordo Missae foi submetido ao exame dos vários dicastérios da cúria, e que as respostas foram substancialmente positivas[26], às quais seguiram observações do Papa[27].

 

Conclusão

O gesto de levar o pão e o vinho ao altar para a celebração dos divinos mistérios constitui essencialmente a participação material do povo ao sacrifício[28]. O pão e o vinho são o alimento básico para o sustento da vida humana, o representam quando, com suas próprias mãos, os fiéis os levam ao altar[29]. Oferecendo os seus dons a Deus, as pessoas oram para que, pela ação do Espírito Santo, por meio da mediação do ministério sacerdotal, tais elementos tornem-se “pão da vida” e “cálice da salvação”.

Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB.
Doutor em Sagrada Liturgia.
Membro do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard.


[1] «Offertorium tali ex causa sumpsit vocabulum. Fertum enim dicitur oblatio quae altari offertur et sacrificatur a pontificibus, a quo offertorium nominatum, quasi propter fertum. Oblatio vocatur quia offertur». Isidoro de Sivilha, Etymologiae I (livros I-IX), liv.VI, cap. 19, par. 24, ed. J. Oroz Reta – M.-A. Marcos Casquero, BAC, Madrid 1982, 612.

[2] J. Deshusses, Le sacramentaire Grégorien, I, Éditions Universitaires Fribourg, Suisse 1971, 85-86.

[3] Justino de Roma, I e II Apologias, Diálogo com Trifão, Paulus, São Paulo, 1995.

[4] Hippolytus Romanus, La Tradition Apostolique, 21, ed. B. Botte (SCh 11bis) Cerf, Paris 19862, 10.

[5] Cf. Tertuliano, De uirginibus uelandi, ed. E. Dekkers (CCL 2), Brepols, Turnholti 1954, 1209-1226.

[6] Cipriano, De opere et eleemosynis, 15, ed. G. Hartel (CSEL 3), Hoelder – Pichler – Tempsky, Vindobonae 1868, 364.

[7] Santo Agostinho, Le confessioni, V, 9. 17, ed. M. Pellegrino – C. Carena, Città Nuova, Roma 1965, 132-133.

[8] Victor Vitensis, Historia persecutionis africanae provinciae, II, 17 (III, 23), ed. M. Petschenig (CSEL 7), C. Geroldi  Filium Bibliopolam Academiae, Vindobonae 1881, 70.

[9] Remigius Remensis, Testamentum, ed. B. Krusch (CCL 117), Brepols, Turnholti 1957, 474-479.

[10] Cesarius Arelatensis, Sermo I, 12, ed. G. Morin (CCL 103), Brepols, Turnholti 1953, 9; Sermo 19, ivi, 88-89.

[11] Gregorio de Tours, Liber miraculorum in gloria confessorum, 64, ed. W. Arndt – B. Krush (MGH – Script. aev. merov. I), 785-786.

[12] Amalarius, Ordinis Missae expositio I, 10, in Amalarii episcopi opera liturgica omnia, III, ed. I. M. Hanssens (StT 140), BAV, Città del Vaticano 1950, 306-308.

[13] Santo Agostinho, Retractationes, II, 7-11, ed. J. P. Migne (PL 32), Paris 1877, 632.

[14] OR I, 86. M. Andrieu, Les “Ordines Romani” du haut moyen âge, II, Spicilegium Sacrum Lovaniense, Leuvain 1960, 95. Cf. também: OR V, 38, in Andrieu, OR II, 161.

[15] Cf. S.J.P. Van Dijk, Order of the mass according to the use the roman church (court) before 1227, in S.J.P. Van Dijk, The ordinal of the papal court from Innocent III to Boniface VIII and related documents. Completed by J. Hazaldem Walker, The University Press, Fribourg Switzerland 1975, 502-505. O mesmo para o ordo do papa Gregório X. Ibid., 587.

[16] M. Righetti, Storia Liturgica, III, Àncora, Milano 1956, ed. anast. 1998, 310.

[17]  Cf. F. Cabrol, «Offertoire», DACL 12 (1936) 1946-1962; M. Righetti, Storia Liturgica, III, 407; V. Raffa, Liturgia eucaristica. Mistagogia della messa: dalla storia e dalla teologia alla pastorale pratica, CLV-Ed. Liturgiche, Roma 2003, 395.

[18] Cf. V. Raffa, Liturgia eucaristica, 396-399.

[19] Cf. ibid., 394.

[20] Cf. C. Vogel, Il peccatore e la penitenza nella Chiesa antica, ElleDiCi, Leumann 1966; A. J. Chupungco, «Riconciliazione», In  Scientia liturgica, IV, 115-175; A. Nocent, «O sacramento da Penitência e da Reconciliação», in Anámnesis, 3/1, especialmente as páginas 167-177; E. Mazza, La liturgia della penitenza nella storia: Le grandi tappe, EDB, Bologna 2013; PH. Rouillard, História da penitência: das origens aos nossos dias, Paulus,  São Paulo, 1999; V. Raffa, Liturgia eucaristica, 1157-1162; P. Sorci, «Disciplina e prassi penitenziale nei libri liturgici del tempo», in La penitenza tra I e II millennio. Per una comprensione delle origini della Penitenzieria Apostolica, ed. M. Sodi – R. Salvarani, LEV, Città del Vaticano 2012, 159-174; Id., «Un luogo per celebrare il sacramento della penitenza e della riconciliazione», in P. Bedogni, Luoghi di riconciliazione. Il mestiere dell’architetto, If Press, Roma 2014, 7-26.

[21] Cf. Ritus servandus in celebratione missae VII, De antiphona ad offertorium et aliis usque ad Canonem, in Missale Romanum ex decreto SS. Concilii tridentini restitutum summorum pontificum cura recognitum, editio typica 1962, ed. M. Sodi – A. Toniolo, LEV, Città del Vaticano 2007, 58-59.

[22] Cf. J. Booth, The offertory rite in Ordo Romanus primus, Catholic University of America, Washington 1946; A. Clark, «Notae. The offetory rite: a recent study», EL 67 (1953) 242-247; A. Chavasse, La liturgie de la ville de Rome du V au VIII siècle: une liturgie conditionnée par l’organisation de la vie in Urbe et extra muros, Pontificio Ateneo S. Anselmo, Roma 1993, 37.

[23] Cf. C. Mohrmann, «Missa», Vigiliae Christianae 12 (1958) 76; J. A. Jungmann, Missarum sollemnia. Origine, liturgia, storia e teologia della messa romana, II, Àncora, Milano 2004, 1-21; M. Righetti, Storia Liturgica, III, 271; V. Raffa, Liturgia Eucaristica, 407-410; D. Brzeziñski, Le processioni nel messale romano di Paolo VI. Storia, teologia, pastorale. Dissertatio ad Doctoratum Sacrae Liturgiae assequendum in Pontificium Institutum Liturgicum, Pontificium Athenaeum Sancti Anselmi de Urbe, Romae 1996.

[24] Para os “Ritos do ofertório” se veja M. Barba, La riforma conciliare dell’“Ordo Missae”, 193-222.

[25] A. Bugnini A., La riforma liturgica (1948-1975), CLV-Ed. Liturgiche, Roma 1997, 361.

[26] Cf. ibid., 369 ss.

[27] Cf. ibid., 374-377.

[28] Cf. J. A. Jungmann, Missarum Sollemnia, II, 7-24; M. Righetti, Storia Liturgica, III, 307-318; V. Raffa, Liturgia Eucaristica, 400-418.

[29] Cf. N. K. Rasmussen, «Les rites de présentation du pain et du vin», LMD 100 (1969) 44-58.